FIGURAS DE AÇÃO DA MATTEL - BATMAN

“Fans never simply want to shake my hand or get my autograph. They want to talk about what ‘Batman’ meant to them…For better or worse, richer or poorer, I´m married to the cape” (Adam West, Back to the Batcave).

Essa frase do ator Adam West traduz muito bem o sentimento de todos os fãs de Batman pela série clássica da tevê. A primeira vez que tive contato com a personagem do Homem-Morcego foi quando de férias, na cidade de Icó, no interior do Ceará. Lá minha mãe adquiriu numa banca de revistas um exemplar de uma reedição em quadrinhos do herói mascarado (em preto e branco), oportunidade em que me familiarizei com a estória de um menino bastante rico e que testemunhara o assassinato de seus pais, após reagirem a um assalto à mão armada. Fiquei estarrecido com aquele tema, um órfão que perde de uma só vez o pai e a mãe por conta de um ato de violência tão estúpido e inexplicável. O interesse pela estória aumentava cada vez mais a partir do momento em que a narrativa centrava no desenvolvimento físico e intelectual do menino, ele crescia, praticava exercícios físicos e se transformava num milionário bem-sucedido, mas com um segredo, tinha um alter ego. O menino se transformou num detetive encapuzado, num combatente da criminalidade, mascarado e portando um cinto de utilidades, promessa realizada após a morte dos pais quando passou a nutrir o desejo de vingança e cumprida ao dedicar sua vida inteira à defesa dos fracos e oprimidos. Depois daquela leitura tornei-me um fã incondicional de Batman. Anos depois, assistindo despretensiosamente à televisão, ainda menino, lá bat_lead_4identifiquei a personagem do mundo dos gibis, ele estava diante de mim, Adam West, protagonizando o Morcego e Bruce Wayne, tudo em cenários coloridos, participando de lutas com o companheiro Robin (Burt Ward), com direito a balões onomatopéicos que representavam as pancadas advindas dos socos, pontapés e quedas dos heróis mascarados e toda aquela gama de vilões bizarros e multicoloridos, Curinga (Cesar Romero), Charada (Frank Gorshin), Pinguim (Burgess Meredith), dentre outros e também o inesquecível Batmóvel. Agora, mais de trinta e cinco anos depois, tenho a oportunidade de adquirir as figuras recém-lançadas pela fabricante Mattel, todas relacionadas justamente à inesquecível série clássica da televisão, inspirada nos gibis. Obviamente que durante a inocência eu assistia ao programa apenas para ver as lutas e as cenas protagonizadas com o Batmóvel, para mim aquela produção nada tinha de piegas, não havia maldade, a não ser as vilanices dos antagonistas do Morcego e do Menino Prodígio, até mesmo o humor e as canastrices, idiotices e ridicularizações dos protagonistas não me incomodavam, o que eu queria ver mesmo era a ação, as lutas mal coreografadas e o Batmóvel. lifeNão me alcançavam os maneirismos do próprio Adam West ao procurar sempre interromper Burt Ward, que mal conseguia dizer uma frase inteira, tampouco sabia que a sunga do Menino Prodígio havia incomodado os censores da época, porque Burt Ward era bem-dotado, muito menos qualquer conotação de homossexualismo na relação da dupla, que também rendera estudos de psicanalistas oportunistas e desocupados, enfim, o que importava era a ação e todos os cenários coloridos, nada mais do que isso. Mas falando das figuras da fabricante, elas são imperdíveis, tem cerca de 15 cm (quinze centímetros), são articuladas, e o que mais chama a atenção é a qualidade e a incrível semelhança com as personagens da série. A Mattel está de parabéns. De cara, adquiri um lote com 2 Batmans, 2 Curingas, 1 Batman surfista e 1 Charada.

Além disso, recebi também o playset com Batman e Robin escalando as paredes de um edifício, cena bastante comum nos episódios e que sempre tinha a participação de um ator de destaque que logo na subida da dupla tratava de aparecer e conversar com os heróis pela janela do prédio, uma maneira que os produtores executivos encontraram para inserir celebridades na série de tevê, pois chovia pedidos de atores e atrizes importantes da época para participarem da produção.

Nem mesmo a ridícula figura de ação de Batman com sunga de banho e uma prancha de surfe com sua marca chegam a desmerecer os valiosos créditos para essas figuras. Interessante a fidelidade das figuras com as personagens e suas caracterizações nos epsiódios da série. Essa figura do Batman surfista de fato retrata um dos episódios mais memoráveis e impagáveis de toda a série: “Surf’s Up! Joker´s Under”. Quem não lembra da estória? Com o intuito de controlar as atividades da lucrativa Praia de Gotham, o Curinga rapta um campeão de surfe e transfere as habilidades e técnicas do esportista para o próprio vilão eletronicamente. A única maneira que Batman encontra para evitar os planos do arquiinimigo de se tornar o herói musculoso da praia é derrotá-lo numa competição para saber quem é o melhor surfista. Em seu livro, “Back to the Batcave”, publicado pela Berkley Autobiography em 1994, Adam West destaca como ponto negativo desse episódio o fato de ter que surfar com o uniforme de Batman, como perfeitamente retratado na figura de ação da Mattel. Segundo comentário de West: “Surfing in the Batsuit was a low point for me. We crossed the line between parody and stupidity in this show. I fear.” Nota 10 (dez) para as figuras, imperdíveis!

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Sou uma pessoa feliz, amo muito a vida e dela sou aprendiz; Tenho várias paixões, entre elas: Colecionar MINIATURAS, mas, como qualquer um, possuo imperfeições; se os caminhos desta vida ainda não sei de cor, pelo menos busco, a cada dia, tornar-me alguém melhor.

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