Título: Os Invasores (The Invaders/1967/Cor/EUA)
Criação:
Lawrence G. Cohen
Elenco: Roy Thinnes (David Vincent), Kent Smith (Edgar Scoville). Participações: Suzanne Pleshette (Vicki), Edward Andrews (Mark Evans), Lin McCarthy (Fellows), Roy Jenson (Roy Jenson), Rodolfo Hoyos (Miguel), Val Avery (Manager), William Stevens (Cobbs), Ted Gehring (Cabbie), Tina Menard (Mama), Tony Davis (Boy), Roberto Contreras, Pedro Regas (Beggar)
Produção: Quinn Martin
Direção:
Paul Wendkos
Música: Dominic Frontiere
Formato: 43 episódios de 50 minutos, em 2 temporadas + mini-série "reunion" (1995), com 4h de duração, dividida em 2 partes
Distribuição: TV Interamericana do Brasil
Dublagem: TV Cine-Som/RJ
Introdução
"Como começa um pesadelo? Para David Vincent, um arquiteto que voltava para casa de uma viagem de negócios, o pesadelo começou alguns minutos depois das 4h, em uma madrugada de terça-feira. Ele procurava um atalho que nunca foi encontrado. Tudo começou com um cartaz de boas-vindas e a esperança de tomar um café. Tudo começou com um bar fechado e deserto e um homem cansado demais para poder continuar uma viagem. Nas próximas semanas, David Vincent voltará ao lugar onde tudo começou".
Com um fundo musical de dar arrepios, assinado pelo mestre Dominic Frontiere, e o cenário de uma localidade deserta, escura, abandonada, percorrida por um Ford Sedan prateado, com teto de vinil branco (um automóvel lindíssimo que lembra o Galaxie) dirigido por um ator até então desconhecido, começava o episódio "Beachhead" (Cabeça de Praia), levado ao ar pela Rede ABC, no dia 10 de janeiro de 1967. Era o episódio-piloto da série Os Invasores, distribuída e apresentada pela TV Interamericana do Brasil, cuja memorável e inesquecível versão brasileira, havia ficado ao cargo da competentíssima TV Cine-Som do Rio de Janeiro. Começava a fantástica saga de David Vincent, um homem comum, um arquiteto bem-sucedido, que de forma inusitada, ao presenciar e testemunhar a aterrissagem de um disco voador, mudaria totalmente a sua vida. Por exatos 43 episódios, David Vincent passaria a ter dois únicos objetivos na vida: de forma desesperada, tentaria evitar os planos de invasão da Terra e procuraria um meio de convencer um mundo descrente de que o "pesadelo já havia começado".
De que os invasores - seres de um planeta que estava para ser extinto - já se encontravam entre nós, haviam tomado a forma humana e tinham iminentes planos de invasão em massa para "fazer da Terra o seu mundo".
Apesar de se confundirem com a aparência humana, os invasores não tem pulsação, não apresentam batidas cardíacas, não possuem sangue nas veias e alguns apresentam uma notável deformidade no quarto dedo das mãos, causada por um erro de cálculo no processo de mutação para a forma humana. Após algum tempo na forma humana, precisam se regenerar em tubos gigantescos movidos por geradores potentíssimos de tecnologia alienígena e brilham incandescentemente antes de morrer, quando são pulverizados sem deixar rastros ou sinais de suas presenças na forma humana. A série durou apenas duas temporadas.
A Série
Como explicar o fato de que uma série de tamanho sucesso como Os Invasores, originalíssima e tão bem produzida, tenha encontrado seu desfecho após o seu segundo ano incompleto? Há quem diga que a série foi fadada a tão pouco tempo, por haver sido idealizada e creditada como uma série de ficção científica, quando na verdade, estruturalmente, não passava de um maravilhoso drama, direto e objetivo.
Os Invasores, segundo a crítica especializada, pegou uma pequeníssima carona na idéia original da conhecida produção cinematográfica "Vampiros de Almas" (Invasion of the Body Snatchers - EUA/1956), com Kevin McCarthy e Dana Wynter, dirigida pelo fabuloso Don Siegel. Tal idéia não pôde ter sido deixada de lado, pois os próprios atores do clássico cinematográfico, Kevin McCarthy e Dana Wynter, reapareceriam mais tarde em dois episódios diferentes da série televisiva, respectivamente "The Watchers" (Os Espiões) e "The Captive" (O Cativo). Na verdade, não podemos conceber que a idéia original da série televisiva tenha sido plagiada ou copiada de forma acintosa. Muito pelo contrário: qual série de ficção científica não traz os elementos essenciais como os que Os Invasores traziam? Medo da iminente ameaça de invasão, seres assassinos de outro planeta, carros portentosos, muita ação e efeitos especiais. Aliás, até que Os Invasores se diferenciava das demais séries de ficção científica, já que aqueles dois últimos requisitos eram os que menos importavam para o público fiel, que se apaixonou pela concepção original e primeira da série, a busca incessante de um homem por seres de outro planeta, um homem comum, sem super poderes e que vivia um isolacionismo sem precedentes. É uma série de episódios que compõem uma trama centrada numa personagem inicialmente tida como um lunático pela opinião pública. Um arquiteto que é motivo de chacota em todo lugar que aparece, mas que representa o que parece ser a única tábua de salvação para uma humanidade descrente. A personagem solitária enfrenta uma raça de seres invasores que objetivam o domínio pleno do mundo terreno. Objetivamente, essa é a concepção inicial do criador da série, o escritor, produtor e diretor, Lawrence G. Cohen. O ator protagonista, Roy Thinnes, como ninguém mais, a compreendia muito bem. Para eles, Larry Cohen e Roy Thinnes, os efeitos especiais eram de certa forma irrelevantes e não conseguiriam superar uma boa trama ou um roteiro incrivelmente bem elaborado como os que contribuíram para o sucesso da série na primeira temporada, indiscutivelmente.
Numa entrevista concedida, quando do lançamento da produção da mini-série, "The Invaders" (Os Invasores - 1995/EUA), que traz no papel principal a estrela Scott Bakula - que também havia sido o protagonista de uma outra série televisiva de ficção científica, a inteligente Quantum Leap, Roy Thinnes - que também fez uma ponta discreta ainda no papel do próprio arquiteto David Vincent, revivendo a polêmica personagem dos idos anos 60, asseverou com a propriedade e a autoridade que ainda hoje lhe são peculiares:
"Os Invasores é uma série diferente das séries comuns tipo Jornada Nas Estrelas ou Buck Rogers, pois há pouquíssimos efeitos especiais. São estórias de pessoas. Os alienígenas se pareciam exatamente como nós, portanto não havia a necessidade de efeitos especiais ou de toda aquela coisa incomum e cara. Resumia-se em produzir boas estórias, tão somente."
O fato é que os homens da Rede ABC, que produzia e detinha os direitos de transmissão da série na época, queriam na verdade uma série de ação e ficção científica e Os Invasores não pareciam ser o que eles tinham em mente. Roy Thinnes um dia confidenciou que após o término da primeira temporada, a rede havia exigido mais ação e visual, porque, segundo eles, era o que os telespectadores procuravam. Thinnes, lembrando do fato, após o término da série, há alguns anos, de forma sarcástica e em tom de crítica, alfinetou:
"Bem, não é só isso que os telespectadores querem ou buscam. O que eles querem realmente é um maior envolvimento com as personagens que eles de alguma maneira se identificam ou se preocupam. A segunda temporada da série foi um tanto quanto desastrosa quando acrescentou ao programa uma série de perseguições e começou a dar cobertura a muitas personagens. Era muito território para cobrir efetivamente e foi uma despedida do estudo do isolacionismo de um homem, do medo e da paranóia, que haviam sido o centro do programa na primeira temporada".
Os Invasores é uma série bastante imaginativa e inventiva. Ao seu final, o paranóico David Vincent jamais conseguiu atingir o seu objetivo, mesmo na curtíssima segunda e última temporada, quando associou-se a um grupo de pessoas que também acreditavam piamente na existência dos invasores e trabalhavam em grupo para destruir os temidos planos de invasão alienígena. O grupo dos que acreditavam tinha como um dos membros mais importantes, o renomado homem de negócios, milionário e bastante respeitado, Edgar Scoville, na realidade o ator Kent Smith.
A verdade é que David Vincent jamais conseguiu dissipar suas próprias dúvidas e medos ou até mesmo convencer alguém dos perigos que a população estava na iminência de enfrentar. Por outro lado, os seres de outro planeta e os mutantes também jamais conseguiram destruir David Vincent, o único que poderia realmente os expor.
A versão de 1995, também intitulada Os Invasores, que foi uma produção no formato de uma mini-série, dividida em duas partes, com quatro horas de duração cada. Foi produzida para a tevê, mais parecendo uma reunion. Nela, o público ficou sabendo que David Vincent, vivido pelo próprio Thinnes, ainda continuava na sua solitária cruzada contra os invasores, apesar do lapso de tempo entre o último episódio da série e a nova mini produção. David Vincent ainda viajava pelas regiões interioranas, nutrindo e alimentando a sua obsessão de localizar os invasores e frustrar-lhes os planos de invasão. Tudo isso três décadas após o cancelamento da série original de 43 episódios.
Criadores: Larry Cohen
O criador da série, Lawrence G. Cohen, ou simplesmente, Larry Cohen, nasceu aos 15 de julho de 1938, em Nova York, onde também foi educador. Trabalhou em várias produções do executivo Quinn Martin, inclusive como o escritor da série: O Fugitivo.
Dominic Frontiere
A trilha sonora e a abertura de Os Invasores foi confiada ao talentosíssimo compositor Dominic Frontiere, que nasceu aos 17 de junho de 1931, em New Haven, Connecticut, EUA, também conhecido pelas aberturas inesquecíveis das séries O Marcado (Branded - 1965), A Noviça Voadora (The Flying Nun - 1967), Vegas (1978), a produção televisiva "A Marca do Zorro" (The Mark of Zorro - 1974), com Frank Langella e Ricardo Montalban, dentre inúmeros outros relevantes trabalhos.
Atores: Roy Thinnes
Roy Thinnes é o protagonista da série, fazendo o papel do arquiteto David Vincent. Nasceu no dia 06 de abril de 1938, em Chicago, Illinois, EUA. Na verdade, jamais havia passado pela sua cabeça tornar-se um ator, mas sim um médico ou jogador de futebol americano, ou ambos, segundo fontes mais próximas do artista. Roy Thinnes começou a trabalhar numa emissora de rádio, onde fazia de tudo. Trabalhava na engenharia do som, fazia "shows" como DJ, lia as notícias diárias e fazia dramatizações no rádio, daí surgindo seu interesse pela arte de interpretar e atuar. Quando deixou o exército, dirigiu-se para Nova York e depois para a Califórnia, onde começou a trabalhar fazendo participações em programas de séries de tevê. Enfrentou momentos difíceis na sua carreira. Chegou a trabalhar como recepcionista de um hotel, vendedor de vitaminas e fotocopiador, até chegar a interpretar o famoso arquiteto. Em seguida, casou-se com sua primeira mulher, a também atriz, Lynn Loring, que também atuou com ele na série Os Invasores, especificamente no episódio chamado "Panic" (Pânico), no papel de Madeline Flagg. Juntos também trabalharam no cultíssimo filme de ficção científica "Journey To The Far Side of The Sun". Separou-se de Lynn Loring em 1984. A mais recente aparição de Roy Thinnes foi justamente em uma outra série de bastante sucesso, Arquivo X (The X-Files), que o colocou novamente na linha de frente de uma produção de sucesso. Ele já havia feito na aludida série o papel de um alienígena, o enigmático Jeremiah Smith em 1993. Esse mesmo papel foi completamente revirado e mais uma vez Chris Carter, o criador da série Arquivo X, o chamou para reviver a personagem Jeremiah Smith, fazendo sua mais recente participação no dia 25 de fevereiro de 2001, no episódio chamado "This Can't Be Happening" (Isso Não Pode Estar Acontecendo).
Análise
Uma visão sociológica de "Os Invasores"
Apesar de uma ficção, a produção da série não perdeu a oportunidade de enfocar as mazelas da sociedade americana, dando um ar de realismo nas eletrizantes tramas elaboradas em seus episódios. A cada dia, David Vincent visita um estado americano, sempre procurando pelos invasores. Trata-se de um arquiteto "vagabundo", pois nessas viagens, pouco tempo lhe resta para desempenhar sua verdadeira profissão. Na realidade, na obsessão de provar a existência de alienígenas na Terra para um mundo descrente, David Vincent é um solitário, isolacionado da sociedade e também um intruso invasor dos lares de famílias, escritórios militares ou grandes companhias de jornais. Como invasor na vida de muitos, David Vincent não parece atingir o objetivo primeiro, que é o de revelar à humanidade que os invasores já estão entre nós. Mas de certa forma, com a sua presença e as virulentas suspeitas que levanta sobre quem quer que fosse, ele acaba por conscientizar as pessoas de seus próprios problemas e contribui de alguma maneira para que alguém retome o seu rumo, para que alguns poucos envolvidos na trama endireitem suas vidas. Questões de patriotismo, de dever cívico, lealdade familiar e valores pessoais são atingidos dentro de uma atmosfera de paranóia sufocante. Graves erros de julgamento são de repente transformados na vida das pessoas, que aprendem a melhorar, a ser melhores com a mesma velocidade desenvolvida pelo disco voador invasor. Ao longo da série, o próprio David Vincent vivencia uma dualidade. Ele é tido como um lunático para muitos e também se transforma numa celebridade, numa autoridade respeitada em discos voadores para tantos outros.
Quando os invasores tomam a forma humana, em qualquer tempo ou idade, o disfarce mais comum é o de homens de negócios bem-sucedidos, vestidos conservadoramente de terno e gravata, muitas vezes carregando pastas ou valises, sempre acompanhados de pessoas vestidas igualmente de terno e gravata e dirigindo um imponente Ford Sedan escuro.
A descrição desses invasores é muito parecida com as do fenômeno dos Homens de Preto, que até virou comédia num filme feito para o cinema e faz parte do folclore dos OVNIS que remontam os anos 50. Lendas urbanas dão conta de que as pessoas que reportavam qualquer presença alienígena, ou contato de terceiro grau, eram interrogadas por homens vestidos de terno preto, que representavam misteriosos grupos partidários com um forte interesse em espaçonaves e que desapareciam com a mesma velocidade com que surgiam.
O utilitário utilizado pelos invasores não foi apenas uma obra de ficção do criador Larry Cohen. A nave espacial, que possui uma cabine interna, externamente lembra um chapéu e possui uma base com um hemisfério brilhante. Tal espaçonave corresponde exatamente aos discos que eram descritos pelo guru dos OVNIS, George Adamski, que afirmava veementemente que já havia dado muitas voltas a bordo desses OVNIS, muito antes da sua concepção televisiva na série.
Não foi apenas uma vez ao longo da trama que os invasores mostraram seres sempre uniformizados, sem nenhum sentimento ou emoção e que recebiam treinamento através de manipulação, onde eram expostos a motivações e respostas, dentro de um centro de treinamento próprio que se prestava única e exclusivamente para orientá-los sobre o comportamento humano. Tais centros mais pareciam locais de concentração e mostravam com propriedade o mundo como os poderosos e os controladores o querem, homens obedientes e somente expostos a aquilo que os convêm, sem questionamentos e sem levantar dúvidas ou questionamentos sobre isso ou aquilo outro.
Por esses e outros aspectos, Os Invasores se transformou numa série cult dos anos 60 e somente foi finalizada de modo prematuro por causa de uma visão "quadrada", comercial e incompreensível de seus produtores, fato esse que ainda hoje acontece em muitas produções interessantes. As atuais séries de ficção científica parecem preferir vender efeitos especiais e atores medíocres com aparência de bonecos e manequins, a investir em estórias e tramas bem elaboradas, que edifiquem o pensamento humano ou que dramatizem a vida como ela é realmente, sem segredos e mistérios, expondo as mazelas e os problemas sociais vistos sob um prisma filosófico. O medo desses poderosos é realmente justificável, pois a partir do momento em que o homem tiver a sua mente aberta e obtiver uma visão ampla da sua existência, do seu potencial e do seu intelecto, o panorama que aí está irá mudar radicalmente e o mundo poderá finalmente livrar-se do fantasma dos invasores, principalmente dos invasores da mente, aqueles que só objetivam atrofiar o cérebro humano e minar todas as tentativas de fuga para uma dimensão intelectual mais digna e mais compatível com a espécie humana.
No Brasil
Os Invasores chegou a ser exibido pelas TVs Record e Bandeirantes, nos anos 70 e 80. Foi ao ar pela última vez em 1995, pelo canal pago Teleuno. Sediado no México, o canal pertencia ao grupo Spelling Entertainment Inc. e foi vendido em 1998 para a Sony Pictures, dando lugar ao atual AXN. O Teleuno, especializado em filmes, séries e desenhos, felizmente exibiu Os Invasores com a dublagem original brasileira.
Curiosidades
- Na versão original em inglês, o ator William Conrad foi o narrador invisível da série, pelo menos nos créditos iniciais, como também na maioria das séries produzidas por Quinn Martin.
- Embora tenha sido uma série antológica com apenas uma estrela principal, o ator Roy Thinnes, muitos outros atores apareceram em mais de um episódio, interpretando diferentes personagens. Num episódio, considerado raro pela época em que foi ao ar, "The Vise" (O Torno), todo o elenco era de atores negros, com exceção de Roy Thinnes e Kent Smith.
- A série é bastante cultuada na Europa, mais do que propriamente nos Estados Unidos, possuindo mais fãs na Alemanha e na França.
- A aparência original dos alienígenas somente foi revelada uma vez, perto do final da segunda temporada, no episódio chamado "The Enemy" (O Inimigo). Richard Anderson (o Oscar Goldman de O Homem de Seis Milhões de Dólares), após ferir-se gravemente num acidente em seu disco voador, sofre um doloroso processo de mutação e revela realmente a horrenda forma dos alienígenas.
- Roddy McDowall, Suzanne Pleschette, Jack (Havaí 5-0) Lord, Michael Rennie (o Colecionador de Perdidos no Espaço), Gene Hackman, Burgess Meredith ( o Pingüim de Batman) e Edward Asner foram algumas celebridades que participaram de episódios da série.
- A música de Os Invasores originalmente foi ouvida pela primeira vez na série Quinta Dimensão (The Outer Limits), no episódio "The Form of Things Unknown". Também boa parte da música incidental de Dominic Frontiere para a série Os Invasores já havia sido ouvida na própria Quinta Dimensão e Ratos do Deserto (The Rat Patrol). Todas as três séries foram produções da Rede ABC, para quem Dominic Frontiere trabalhava, compondo vários clássicos inesquecíveis.
- Desde o primeiro episódio, o objetivo dos invasores de frustrar os planos de David Vincent, que consistia em expô-los ao seu mundo descrente, é facilmente percebido. Em "Cabeça de Praia", piloto da série, David Vincent se encontra num local deserto e abandonado, onde aterrissaou a nave espacial que deu início ao seu pesadelo. Na localidade, durante a noite em que o ator testemunha a aterrissagem do disco voador, ele passa de carro por uma placa que identifica o nome de um bar, "Bud's Diner". Ao reportar o ocorrido à autoridade policial, precisamente às 6h da manhã daquele mesmo dia e convencê-la a acompanhar-lhe até o local da aterragem do disco voador, a placa do nome do bar é completamente mudada para "Kelly's Diner", como bem observado pelo policial encarregado da diligência. Tal fato traduz o intuito puro e simples dos invasores de desmoralizarem a estória de David Vincent, que havia anteriormente reportado àquela autoridade policial que o nome do bar era "Bud's Diner", como de fato era antes da mudança proposital. Detalhes como esse realmente fascinavam os telespectadores e demonstravam o cuidado da produção televisiva.
1 comentários:
Augusto,
Fiquei feliz em poder rever as coisas boas de um passado recente e que nos trás muitas alegrias, com uma pitada de saudosismo.
Parabéns pela iniciativa.
Uma braço do amigo,
Kelé
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