O FORD THUNDERBIRD CONVERSÍVEL DE DAN TANNA

Um dos atores de que mais gostava nas séries de televisão norte-americanas era o ator Robert Urich, seja como um DSC00164policial das forças especiais de S.W.A.T., ou um detetive particular em VEGA$ e Spenser:For Hire ou, ainda, um soldado da Guerra Civil americana em  The Lazarus Man (O Homem Lázaro)  e   até mesmo, na versão mais  recente  de  The Love Boat (O Barco do Amor), o capitão do cruzeiro. Em todas as personagens que encarava, lá estava o inconfundível carisma, a confiança e a dignidade naquilo que se propunha a fazer, até o dia em que foi vencido na luta contra um câncer incurável, após resistir  por vários anos, vindo a falecer prematuramente.

 A SÉRIE “VEGA$”

Como o próprio nome sugere, esta série tinha como cenário a iluminada e brilhante cidade de Las Vegas, produzida pelos gênios executivos de Aaron Spelling e Douglas S. Cramer, episódios de duração de uma hora, num total de sessenta e sete, aí contados o filme-piloto que deu origem à série, e os dois especiais de duas horas de duração. Robert Urich era o principal protagonista, fazia o papel do detetive particular Dan Tanna. A produção compreendeu o período dos anos de 1978 a 1981.

Dan Tanna era contratado para a solução de todos os tipos de casos, inusitados ou comuns: desaparecimento de mocinhas e animais, guarda-costas, prisão de trambiqueiros, caçada a assassinos e estupradores, localização de malfeitores que ameaçavam de morte seus clientes, investigações sobre casos de roubos e assaltos a cassinos, sequestros, dentre inúmeros outros, além de muitas vezes trabalhar para os amigos e tratar de salvar a própria pele.

No elenco destacavam-se a secretária de Tanna, Beatrice Travis (Phyllis Davis), a quem ele chamava carinhosamente de “Bea”; Bart Braverman, como seu atrapalhado assistente, Binzer; NDSC00162aomi Stevens, com aparição apenas no primeiro ano da série, de 1978 a 1979, como o Sargento  Bella Archer, do Departamento de Polícia de Los Angeles e que costumava quebrar muitos galhos para o amigo detetive; Judy Landers, também pelo mesmo período de Naomi Stevens, que era corista e que às vezes anotava os recados para o detetive e, ainda, o Tenente de Polícia Dave Nelson (Greg Morris), que atuou na série no período de sua produção. Também o  velho Tony Curtis, que já dava sinais de cansaço, aparecia esporadicamente, como Roth, empresário bem-sucedido no ramo de hotelaria e que algumas vezes também contratava o detetive.

OS CARROS DA SÉRIE

Sem dúvida, o Ford Thunderbird (T-Bird) conversível, de cor vermelho-maçã, um clássico da indústria automobilística, ano 1957, era uma das grandes atrações desta série. Era um carro lindíssimo que à noite contrastava com as cores, o brilho e as luzes da cidade de Las Vegas. O veículo de Dan Tanna era equipado com um telefone móvel e tinha um lugar para a Magnum .44 do detetive, que ficava guardada no porta luvas do carro. Tinha registro de placas personalizadas, TANNA.

Segundo pesquisadores, dois Thunderbirds foram utilizados na produção, um para as cenas mais brandas, apenas de destaque do veículo e o outro para as cenas de rua e perseguições.

Mas o referido Thunderbird não foi o único veículo utilizado por Dan Tanna na série. Nas primeiras cenas DSC00170do piloto ele dirige um Corvette conversível amarelo claro, placas NEVADA V7B358. Francamente, o Corvette não  tinha a  necessária química com a personagem, o que foi logo percebido pelos produtores, que trataram de substituí-lo no início mesmo do primeiro episódio pelo T-Bird ano 1957. A solução para justificar a decisão pela troca, mais do que acertada, diga-se de passagem, foi,“felizmente”, destruir o Corvette por inteiro, encontrado carbonizado e completamente imprestável no deserto por uma ação de assassinos que atentaram contra a vida de Tanna e assassinaram uma garota que ele ajudava a localizar para entregar à mãe e ao pai adotivo, parte da trama do episódio de abertura.  

Surpreendente a longevidade dos únicos dois T-Birds utilizados em VEGA$, pois segundo se sabe, após o encerramento da produção televisiva, um dos membros componentes da equipe veio a adquirir ambos os Thunderbirds 1957 e ainda os mantêm. Como foram adquiridos? Os pesquisadores dizem que os T-Birds de VEGA$ haviam sido requisitados por um estúdio cinematográfico e passaram por uma repintura. Sobre a cor maça-vermelho, os carros ganharam a cor água marinha para serem utilizados nos cenários do Filme Breathless (A Força do Amor), protagonizado por Richard Gere. Os veículos poderiam, inclusive, vir a sofrer danos irreparáveis e ser destruídos na produção policial de 1983. Ao encontrar os T-Birds, o dono os salvou de uma possível destruição nas filmagens do longa metragem, o que seria um pecado mortal, não acham?

Não há como dissociar os T-Birds da Série de Tevê VEGA$, tudo está sublimado. Basta falar com qualquer fã ou quem assistiu a apenas um episódio que a simples menção à série traz à tona a imagem do veículo maçã-vermelho transitando pelas iluminadas ruas de Las Vegas, à noite, ou sob a luz do sol, durante o dia, sempre conduzido pelo detetive que falava ao telefone móvel com fio acoplado ao carro e em movimento, ainda bem que ele não era multado.      

AS MINIATURAS DO T-BIRD DE VEGA$

Em 1979, a antiga Lesney AMT Corporation, subsidiária da Lesney Products Corporation (da Matchbox), lançou um kit para montar do T-Bird 1957, na escala 1/25, molde colorido, com nível de dificuldade 2 (dois). A caixa trazia várias informações sobre o veículo e fotos da personagem.

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No ano de 1980, a Corgi, empresa britânica de miniaturas die-cast, lançou no DSC00177 mercado duas miniaturas licenciadas e autorizadas pela Aaron Spelling Productions Inc. A primeira, na escala 1:64, trazia o T-Bird com um pequeno dispositivo no chassi que ao ser pressionado para cima permitia a abertura do capô do veículo, revelando o potente motor V8. A outra miniatura vinha na escala 1:43, acompanhada de uma bela figura em resina de Dan Tanna sentado no banco do motorista, portando sua Magnum .44, também abria o capô através do mesmo dispositivo que ficava no chassi, revelando o motor V8 da miniatura. Nesta miniatura o porta-malas também abria e os pneus tinham a inconfundível faixa branca, como na série.  Apesar de itens colecionáveis raríssimos e licenciados, a fabricante não trouxe impressa a placa personalizada “TANNA” em nenhuma das miniaturas, um detalhe de só menos, até porque tais miniaturas foram produzidas há mais de trinta anos, numa época em que não desfrutávamos de tanta tecnologia e a riqueza de detalhes não era tão demandada como hoje. 

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About Me!

Sou uma pessoa feliz, amo muito a vida e dela sou aprendiz; Tenho várias paixões, entre elas: Colecionar MINIATURAS, mas, como qualquer um, possuo imperfeições; se os caminhos desta vida ainda não sei de cor, pelo menos busco, a cada dia, tornar-me alguém melhor.

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